Sempre temos alguma coisa para dizer, só que a dizemos em metáforas, pois não temos a devida coragem de dizer.
Buscamos a matemática ... ou a física ... a astronomia ... a arquitetura, esquecemos da química. Ah, a química! Química que nos atrai e que nos leva a desvaneios ... a química do suor ... da saliva ... das lágrimas ... do sangue ... da pele ... da voraz empatia. Ignoramos a química e preferimos a objetividade dos cálculos. Esquecemos que somos seres sentimentais e sensoriais ... continuamos a nos enganar ... só por medo ou por hipocrizia.
Viajamos pela história para justificar nossos atos entorpecidos. Que besteira! Por que precisamos de justificativas? Somos química e muita química! As reações que ocorrem dentro de nós são maravilhosas, no entanto insistimos em negá-las. Mas, não adianta! Nossas frustrações reclamam a química que somos.
Como é bom ter consciência da química que acontece em nós ... ela deixa um perfumoso rastro ... rastro de gente ... rastro de malícia ... rastro de liberdade ... rastro de encontro ... rastro de intimidade ... rastros e rastros que mais fazem com que esta química aconteça e aconteça.
A química não nos deixa dependentes, mas sim independentes ... em meio de tantas substâncias, a nossa essência é única: contemplação ... prazer ... felicidade ... liberdade de ser ... sentir!
Por que ter medo da química? Não sei!
Juliano
Nenhum comentário:
Postar um comentário