Em busca do entendimnto do multiverso atraímos o próprio multiverso ... não precisamos fazer tantos esforços para ir ao encontro dele, pois ele mesmo sente o nosso perfume e vem ao nosso encontro.
Desvela-se em transparência e nos deixa perplexos ... afinal ele existe. Nele a lei da nossa física se desmantela ... polos iguais se atraem ... polos diferentes também se atraem ... a gravidade não tem o mesmo valor matemático ... tudo é contínua explosão!
Uma caixa de trufas chegou às minhas mãos ... trufas envoltas de papel de seda vermelho ... dez trufas bem perfumadas. O número dez ... por que? Há um mistério que este número contém. Somado com o doze, seu resultado é vinte e dois. Mas, por que somá-lo com doze? Ai está o seu mistério! Por que dez? Será o número de letras de quem as enviou? Provavelmente! Mas, não interessa tanto!
O que interessa são as trufas envoltas de papel de seda vermelho ... paixão!
O que interessa é o pequeno cartão envelhecido que veio com elas ... nele, poucas palavras escritas ... apenas ... paixão e revolução ...
Certo ... é maio ... é outono ... e ... as expressões se cruzam ... os olhares também ... mais intenções e belos encantos. O reencantamento da vida passa pela paixão e, embriagados pela paixão, fazemos revolução.
Tudo parece rimar, mas no multiverso que experimentamos não há lugar para simetrias e nem ritimias ... só há assimetria e arritimia ... só há o encanto explosivo de um abraço ... de mãos se encontrando ... de sonhos se realizando ... da vida ganhando autêntico sentido. Tudo parece muito harmonioso, mas no multiverso que mergulhamos não há lugar para a harmonia ... só para a paixão e a revolução ... sim, revolução! Por que não?
Então, o que interessa são as trufas envoltas de papel de seda vermelho!
Belo costume que veio do "maio de 1968" ...
José Juliano
Nenhum comentário:
Postar um comentário