Rotina cotidiana em meio das festas natalinas de fim de ano. O sol tropical fervilhando. A cosmópolis paulistana com grandes movimentos de vai-e-vem. É gente transeunte que se cruza às pencas no coração da metrópole.
Praça da Sé.
Rotina cotidiana. Tomar um café e atravessar a Praça. às pressas. Embebido de tantos compromissos. No entanto, num instante de lucidez, desacelerei e resolvi andar lentamente em meio da gente eufórica. Paulicéia desvairada. Gente alucinada.
Quebrando a rotina cotidiana. Senti na flor da pele aquela gente passante. Gente com esperança de ganhar na loteria. Gente sem rumo querendo sentir e ser sentida. Gente abismada de ver uma cidade tão grande. Gente mal amada e gente amada. Gente jovem esportiva e sorridente. Gente com testa enrugada de preocupações. Enfim, muita gente.
Quebrando a rotina cotidiana. Na flor dos sentimentos. Quis contemplar a alma daquela gente. Alma sentimental. Alma aflita. Alma exuberante. Alma apaixonada. Alma desempregada. Alma saciada. Alma esvaziada. Alma! Simplesmente, alma!
Tanta gente. Passante e preocupante. Tanta gente. Pra ser abraçada. Tanta gente. Pra ser amada.
Praça da Sé do Planalto de Piratininga. Retrato de gente deste Brasil. Nela, todas as regiões do país se encontram e se cruzam. Nela, gente do mundo inteiro alí chega.
Então, passeando no meio de tanta gente, senti a flor dos sentimentos!
Melhor sentir do que dormir.
Na rotina do cotidiano, senti a alma de tanta gente! Sentimentos que permanecem e estabelecem!
Então, que vontade de querer sentir mais e mais!
O sol fervendo na Praça da Sé. Praça do povo e de sonhos. Praça dos sinos da neo-gótica Catedral. Praça cheia de História e de lutas. Praça do encontro de tanta gente.
Flor dos sentimentos! Na pele, só sentir! Na alma, só amar! Com as mãos fazer revolução!
Flor dos sentimentos!
Só pra cantar com o poeta!
Fica mal com Deus quem não sabe amar ...
Fica mal comigo quem não sabe dar...
José Juliano
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