brincar ... cantar ... revolucionar ... escandalizar

   Como é gostoso brincar, cantar e mar apaixonadamente!

   Como é gostoso fascinar, atrair e deixar-se ser atraído!

   Como é gostoso escandalizar pelo olhar e rolar em transas, sem se deixar alienar!

   Como é gostoso revolucionar sem amedrontar!

      Aí está a vida como ela é! Gostosa e saborosa!

                    Saboreando a vida, também questionamos!

   Onde é aplicado o dinheiro público, este que vem do nosso bolso, pelos impostos que pagamos?

   Na Educação que não é! Na Cultura que não é! na Saúde que não é! No bem-estar de multidões que só trabalham que não é!

   O dinheiro público é aplicado em coisas bem inúteis! Construção de banheiros ... manutenção de pessoas que nada contribuem para coisa alguma ... e assim por diante!

   Pobre de nós!

   O dinheiro público é aplicado em tudo ... menos naquilo em que precisamos!

   Fala-se muito de Cultura acessível para o povo! Bela intenção! Mas, o que temos é somente a promoção de gente cuja vaidade devora os recursos públicos em favor dela mesma!

   Estamos aí lutando para escrever uma História de São Paulo ... recursos? Ah, neste país se investe em pesquisas? Estamos aí lutando por tanta coisa ... recursos? Ah, neste país só se pensa em mostrar o inútil! Alíás, vivemos a cultura da inutilidade!

  

   Então, aqui vai um recado aos dirigentes do país e do nosso Estado: de blá,blá,blá ... já estamos fartos ... é melhor fechar para revisão e depois entrar em ação. Cuidado! Tem muita gente incompetente que está mamando nos cofres públicos ... que vergonha!

          Enquanto isto, vamos vivendo! Muita coisa boa está acontecendo! Brincamos, cantamos, amamos adoidamente, escandalizamos e preparamos a revolução! 

          Enquanto muita gente mama nos cofres públicos, preparamos um novo momento e vamos ver o que vai dar!

                                Do Brasil ... da cidade de São Paulo ... de olho nas eleições de 2012 e 2014!

           Muita coisa vai rolar! Que bom! O povo está dexando de ser babaca!

                                                  José Juliano 

coisas que não queremos lembrar ...

   Nossos sonhos são portas abertas que nos fazem construir o futuro. O futuro, algo inerente a nós mesmos, sempre pretendido pleno de felicidade.
   Nossos Contos, nossas Fábulas, nossas histórias ... terminam sempre com alguma coisa que comunica felicidade. É próprio nosso ... um final feliz!

   O fato é que não queremos lembrar de certas coisas que rolaram na nossa história ... escrevo, história mesmo ... um passado não muito longínquo, mas que marcou minha geração e deformou as gerações seguintes.

   São coisas que não quero lembrar tal como foram, mas não me rendo ao mito que o tempo presente está construindo sobre este passado próximo ... nele,não há nada de romântico ... só há pranto, separações, exílios, mutilações, saudade de quem partiu e nojo de quem forçou consciências a jurarem fidelidade a um ditador. Foi um momento de muita hipocrisia e tormento.

   Tudo isto depositei num baú que está no "porão da história" ... baú fechado a cadeado ... mal cheiroso ... cheio de sangue pisado ... manchado de lágrimas.

   São coisas que evitamos lembrar e contar.

   Décadas se passaram, mas os fantasmas mal queridos, de vez enquando, atormentam meus sonhos e me impulsionam a escrever e registrar tão tenebrosos momentos.

   Só quem viveu e sobreviveu, pode contar o que aconteceu!

   Por isso, daqui a pouco, estarei numa roda de whisk ... bebendo, cantando e amando ... renovando meu propósito e não querer lembrar de fatos da nossa história tupiniquim.

   Um tim-tim aos que foram ... sinto saudades de vocês!

   Um tim-tim aos que sobreviveram e hoje estão aí construindo castelos de riquezas sobre suas sagas ... parabéns pela astúcia!

   Um tim-tim para nós que ainda continuamos em silêncio ... de luto ... de raiva ... e continuamos a sonhar com uma revolução prá valer!

   Um tim-tim para nós ... os poetas e amantes ... os maravilhosos palhaços radiantes de alegria ... os cancioneiros do amor ... afinal, continuamos a escrever a história e não desistimos!

   Um tim-tim para todos.

   No momento, melhor cantar, se tocar, se deixar tocar, amar e se embriagar ... porque tem coisas que não queremos lembrar! .................................................................................

                                                José Juliano

conversando sobre ...

    Modelos políticos,econômicos,sociais, culturais e ideológicos não são imutáveis, assim como pensamos de modo absurdamente ilusório. O fato é que não queremos cair na real e entender que tudo é evolução ... processo!

     Para compreender isto, precisamos ser mais flexíveis com nosso olhar sobre todas as coisas ... estas se transformam ... mudam ... se superam. Há estruturas que não mais se adequam com o nosso tempo histórico, com o nosso jeito de ser, pensar e agir. Há modelos estruturais que já estão ultrapassados e carcomidos pelo tempo e que se tornaram ineficientes para a sociedade humana.

     Somos resistentes às mudanças e nada colaboramos para as transformações das estruturas sociais. Por que? A resposta nós já sabemos! Vivemos a mediocridade do "faz de conta", do oportunismo, do comodismo e tantos outros "ismos".

     Enquanto isto ... A fome e a miséria consomem multidões! ... Os políticos se enriquecem às custas da apatia da sociedade, principalmente da juventude! ... O processo exarcebado de acumulação de riquezas em mãos de uma minoria da minoria, continua a gerar o sofrimento de bilhões de pessoas!

     Disto ninguém fala mais!

     Estabeleceu-se uma cultura de morte e violência que se institucionalizou em favor da indevida acumulação do Capital nas mãos de pouquíssimos!

     A realidade está aí! ... Não só para ser contestada, mas para ser desarticulada, desconstruída e transformada.

     O modelo político já está caduco! O que estamos fazendo para mudar? Nada!

     O modelo econômico está devorando a todos! O que estamos fazendo para mudar? Nada!

     O modelo educacional está falido e inadequado para todos! O que estamos fazendo para mudar? Nada! Absolutamente ... N A D A!

     O modelo previdenciário trabalhista ... ah, este já não existe mais! E ninguém percebeu ainda!

     Conversando sobre tudo isto ... melhor não somente denunciar ... mas agir com propriedade e determinação!

     O melhor será, realmente, uma revolução!

     Revolução de tudo! Até no jeito de se apaixonar, de namorar e de se encantar!

     Não ter medo de "virar a mesa" e nem de escandalizar!

     Então ... é preciso começar!

     Será que já não começamos?

                                                    José Juliano

um debate pertinente ...

   Num círculo de amigos, em meio a uma bela noite que pré-anuncia a estação primaveril, a lua cheia a translucidar o próprio sol, embriagados pelo amor e pelos sonhos utópicos, iniciamos um debate pertinente.

   Confesso que fui eu e mais um sonhador cientista que provocamos tal debate.

   Eu mesmo pedi desculpas por escrever muitas coisas tão chatas, pois eu não queria, porque eu não sou assim ... Se, assim, escrevi foi porque me obrigaram, em nome de um rigorismo acadêmico.

   De fato, a nobreza científica pensa que a ciência é coisa fria e até inventou um jeito engraçado de escrever ... tudo sempre impessoal ... como se o escritor não existisse ... e, assim, o texto parece que foi escrito por todos e por ninguém. Foi por causa desta frieza que se inteditou a beleza e do engraçado nos textos de ciência.

    Foi decretado que o saber deve ser coisa séria, sem sabor!

    Tudo virou rigorismo! ... A ciência, que tanto combateu o dogmatismo, tornou-se, toda ela, dogmática ... Seus protagonistas, ainda bem que não em grande número, perderam o senso do riso e da alegria espontânea e se tornaram gladiadores nas arenas das Universidades ... cada qual buscando contestar um ao outro para disputar troféis inúteis. Perderam o sentido maior da Ciência, que é o de avançar no conhecimento e entendimento do "tudo existente", afim de que, pela Ciência própria, tudo possa ser respeitado com sua devida dignidade.

    O pior ... não se fala mais de diálogo científico ... fala-se muito, sim, de "normas" e "métodos" que mais colaboram para inibir o avanço da Ciência e torná-la, também, inacessível a todos.

    Temos uma bela História da Ciência, mas, também, notamos uma tremenda ausência de uma Filosofia da Ciência. Tal fato é consequência do acentuado "tecnicismo" que pervade as infinitas dimensões da Ciência.

    O cientista continua a ser vítima da Inquisição, esta que outrora partia da religião, agora se instalou na própria Universidade ou Instituição que o abriga. Ele não é mais queimado em fogueiras, mas apedrejado pelo descrédito e pela censura ... excluído porque "pensa" ... "questiona" ... "avança" ... "escreve" ... "faz da própria Ciência uma Poesia" ... "partilha o conhecimento" ... "ousa" ... "exorcisa o medo" ... "quebra paradigmas".

    A Ciência é magia e poesia ... não importa sua dimensão ... se matemática ou física ... se literatura ou linguística ... se engenharia ou direito ... sei lá! Tudo, se for escrito feio, sem riso ou poesia, deixa de ser um jogo encantado das contas de vidro, assim como Hermann Hesse escreveu. Terrível, quando fazemos deste maravilhoso poema, que é a Ciência, apenas um produto, objeto de dissecções analíticas que vira dissertação e depois uma pesada tese doutoral ... passaporte obrigatório para uma entrada permitida nos círculos do saber.

    Bem Nietzsche observou ... a condição para se passar num exame de doutoramento é haver desenvolvido o gosto pelas coisas chatas.

    Bem, tudo isto é para iniciar o debate ... como escrevi ... num círculo de amigos cientistas ... em meio de uma noite pré-anunciadora da estação primaveril ... sob um luar maravilhoso ... embriagados por muito amor e sonhos utópicos ... regados por cerveja e outras coisas mais ... desabafamos ... concluímos que devemos mudar e revolucionar a Ciência.

    Escrevi ...

                                José Juliano

sonhos noturnos ...

   Noites e noites ... sonhos e sonhos!

   Sonhar e realizar ... amar e idealizar!

   As noites de inverno acalentam os sonhos ... tudo parece ser um grande sonho!

   Do que falamos nesta noite ... falamos de grandes sonhos!

   Noites e noites ... sonhos e sonhos!

   Amantes na noite ... mal sentimos as horas passarem!

   Você me embriaga e eu também te embriago!

   Na embriaguez das palavras despontam sonhos futuros e prazeres no presente!

                                                              Simplesmente maravilhoso ...

                                        do poeta para a física ...

três anos atrás ...

   Como posso esquecer daquele verão? Dei uma passada rápida pelo campus e lá fui apresentado a você. Fiquei apenas dois dias, pois deveria ir para a Itália. Mas, foi no 11 de agosto que nos conhecemos apressadamente. Dia muito expressivo! Foi você que me levou no aeroporto e depois foi me buscar novamente em 5 de novembro. Só que já era outono e fazia muito frio.

   Então ... começamos uma história maravilhosa! História de encontros e desencontros ... de debates ... de recíproco conhecimento ... o outono passou e chegou o inverno ... depois retornei ... trazendo na mala bastante saudade!

   Hoje, é você que está aqui!

   Três anos depois ... você amadureceu muito ... continuo a ser o seu mestre ... mais que um mestre!

   Vivemos a beleza do multiverso.

   Saiba! Você alimenta meu sangue latino-ameríndio ... sangue de poeta e de amante ... sangue de subversivo e revolucionário!

    É isto aí! Você existe e eu também!

                                               do poeta para a física ...

ao "11 de Agosto" ...

   "11 de Agosto" ... grande abraço aos estudantes de Direito da USP, no Largo São Francisco!

   Um encanto pela ousadia ...

   Um encanto pela contínua jovialidade ...

   Um encanto pela consciência contida ...

   Um encanto pela intelectualidade e habilidade ...

               Enfim, grande encanto pela História já construida e pela História em construção!

   "11 de Agosto" ... nunca perca sua vitalidade!

   Forte abraço dos poetas e dos cancioneiros!

               Forte abraço dos sonhadores e utopistas!

                                      Afinal, quando refiro-me ao "11 de Agosto", logo penso num Brasil diferente!

                                           José Juliano

o nome do cravo ...

   O magnífico mestre em semiótica, Umberto Eco, escreveu memorável obra ... O Nome da Rosa. Esta não é um romance policial, mas sim um mergulho em realidades jamais imagináveis.

   Adso, o discípulo do mestre Guilherme, na sua juventude, muito assimilou do mestre. Descreve-o com nitidez e logo registra um ensinamento que reteve ... a beleza do cosmos é dada não só pela unidade na variedade, mas também pela variedade na unidade!

   Aí está um princípio maravilhoso!

   A beleza não se dá pela uniformidade, mas sim pela variedade, pela diversidade. Na diversidade temos a unidade. E, o que é esta unidade? A unidade da diversidade, da variedade, é o amor!

   Daí, interessante pensar no Nome do Cravo!

   O Cravo é uma flor que muito me atrai ... pelo seu colorido e pelo seu intenso perfume!

   Diferentemente da Rosa, o Cravo é mais duradouro ... encanta e exala a magnitude da beleza diversificada.

   O Cravo ...

   Cravo e Música ...

   Hoje, entreguei-me ao perfume do Cravo e descobri que ele tem um Nome!

   Daí, o Nome do Cravo!

                                                                          José Juliano

entre desejos e coisas mais ...

   São notáveis nossos desejos interiores. Notáveis porque são até motivos de expressões criativas de difíceis decodificações. Desejos que nos impulsionam a penetrar realidades e se deixar envolver por elas.

   Parece que não, mas vivemos um momento histórico muito significativo. O Capitalismo está se demonstrando, mais uma vez, muito frágil. O pior, está aumentando a miséria e a pobreza, pois são os pobres que pagarão a falência de um esquema econômico já carcomido.

   Parece que não, mas vivemos um momento histórico muito significativo. Estamos começando a pensar diferente e a viver diferentemente. Não queremos ser mais engessados num esquema social de silêncio e obediência retrógrada. Começamos a viver uma liberdade gostosa, na qual passamos a ser nós mesmos. Sentimos desejos de paixões e de subversões políticas e econômicas.

   Enfim, não são somente desejos, mas a realização destes.

   Entre desejos e coisas mais, começamos a construir História sem desmerecer a História ... começamos a viver a realidade dos sonhos, sem nos afogar neles ... começamos a deixar de lado o falso pudor e a viver a autenticidade.

   Entre desejos e coisas mais, vivemos um momento muito significativo ...

                                                                                                                  José Juliano

                                                                            

   

Apaixonante ...

   Apaixonante! Como é bom mesclar poesia com física ... realidade com metafísica!

   Aliás, vivemos um novo modo de ver e ler o "tudo" que nos contorna. Primeiro, entrelaçar todas as realidades, depois olhar com carinho cada detalhe deste conjunto.

   A Genética é maravilhosa! Dela podemos compreender coisas que mal sabíamos ... tudo é interação maravilhosa! É o masculino que se interage com o feminino ... o masculino com o masculino ... o feminino com o feminino ... o nosso universo com outros universos ... a poesia com a realidade ... a física com a metafísica ... o sólido com o líquido ... o mineral com o vegetal e ambos com o animal ... os sentimentos com os sonhos e as mais ferventes utopias ... [tudo é maravilhosa interação!] ...

   Então, por que tanta hipocrisia e tanto preconceito?

   Então, por que tanta inércia e tanto medo?

   Vale a pena construir uma poesia e pular para esferas até então desconhecidas ... vale a pena viver ... brincar ... colocar os pés na terra e sentir a beleza da terra ... vale a pena rasgar o coração de amor e se arriscar em revolução! Claro que vale a pena!

   Como é bom sentir o suor de alguém misturar-se com o nosso ... como é bom entrelaçar idéias e edificar castelos de pedras ... como é bom saber que sentir é viver e cantar!

   Não adianta! Basta de discursos irreverentes e hipócritas! Basta de fingir que somos "politicamente corretos"! Este "politicamente correto" é uma invenção nossa mesma, só para fugirmos de nós mesmos, isto porque ainda pensamos como a rainha Vitória e nos orgulhamos da aparência que vivemos!

   Basta! Basta! Basta!

   Melhor escrever ... Apaixonante! Apaixonante! Apaixonante!

   Na minha cabeceira estão a Bíblia e Marx ... ambos se interagem maravilhosamente! Na minha mesa estão a Física, a Física Quântica, a Genética, os Poemas de tantos Poetas, os Escritos de tantos Filósofos e Historiadores, a Geofísica, a Anatomia, a Zoologia, a Biologia, a Matemática ... tudo se interage maravilhosamente ... sem problemas ... sem censuras! Na minha cama, ah! Estão meus sonhos, minhas utopias e meu amor ... tudo se interage maravilhosamente! No meu sangue, ferve a Revolução!

   Então, escrevo ... apaixonante! Que bom comunicar esta paixão e abrir as portas para os que querem se apaixonar!

   Simplesmente ... a p a i x o n a n t e!