domingo, 31 de julho de 2011

Brasil ... terra do Nunca ...

   Deliciado por um fim de semana cheio de amor e de poesia, também tive tempo para conversar e tecer idéias e planos no campo da Revolução. Sempre a paixão estimula a revolução!
   Absurdo! Absurdo o sorteio das "chaves" da Copa do Mundo de 2014! Absurdo o dircurso da Sra. Presidente! Tudo um absurdo!
   Explico o porquê!
   Primeiro aquele "papo" de que estamos sendo assistidos por 600 milhões no mundo inteiro. E daí? O que viram não corresponde com a realidade! Tudo é apenas um Conto de Fadas! Até a Orquestra Sinfônica de Heliópolis tocou, só para dizer que aqui a pobreza está sendo dizimada. Tudo "fachada" e nada de verdade!
   Segundo, o discurso da Sra. Presidente! Engraçado, desde que ela assumiu, pouco apareceu na mídia para falar com o povo que a elegeu. Mulher de gabinete, só fica em Brasília resolvendo querelas partidárias e preparando, já, sua reeleição. No entanto, ela disse para todos nós que a Copa de 2014 trará investimentos de 40 bilhões e mais uma tonelada de benefícios. É de dar gargalhadas e de chorar ao mesmo tempo! Todos nós estamos vendo e sentindo os efeitos da corrupção política. Quando falo de corrupção política quero tratar do uso indevido dos quase 1 trilhão de Reais que já pagamos de absurdos tributos.
   Que vergonha nacional ver nossas estradas do jeito que estão ... que vergonha nacional ver o sucateamento da educação e saúde ... que vergonha nacional ver municípios inteiros com prefeitos incompetentes e "ladrões" ... que vergonha nacional saber que a Ilha de Fernando de Noronha está abandonada e seu Administrador foragido porque é corrupto.
   Não quero dar uma de "moralista" ... fora disto! Escrevo da corrupção que tira o dinheiro do povo e o transfere para o bolso dos ricos.
   Então, que benefícios trará a Copa de 2014, se nenhuma Empresa, quer nacional ou internacional, aceita consertar uma pequena estrada do Brasil? Uma outra questão: por que o Brasil tem tantos Ministérios e sub-Ministérios e sub dos sub Ministérios?
   Ah, a Copa de 2014 vai ser a salvação! Com certeza, vai ser a salvação do bolso de polítcos e de um pingado de gente interessada. E o povo vai pagar para assistir o futebol! Como sempre!
   O pior, é saber que gastou-se 30 milhões de reais, vindos dos cofres públicos, para a realização do sorteio colocado em rede internacional.
   Realmente o Brasil é a terra do Nunca! 
   Nunca haverá vergonha na política!
   Nunca haverá Reforma Agrária e nem políticas urbanas para melhorar a qualidade de vida do povo!
   Nunca haverá conserto daquilo que nunca houve!
   Nunca!
   Mas, continuo a sonhar! Assim como a Sra. Presidente sonhou e lutou para que o "Nunca" deixasse de existir e se colocou no meio das guerrilhas, eu continuo a sonhar e pretender uma revolução de verdade!
   Neste sentido, espero que não valha o título que dei a este artigo.
   Só para dizer que não falei da flores, alimento-me de grande paixão e namoro para viver uma revolução!
   Acho que já está na hora!
                                                              José Juliano 

sexta-feira, 29 de julho de 2011

chocolate com pimenta ...

   A vida da gente é cheia de histórias maravilhosas. Todas elas juntas compõem uma bela poesia.
   Aqui onde estou, tenho a dona Tereza que faz gostosos chocolates com pimenta. Mas, esse tipo de chocolate não se compra para comer sozinho. Compra-se para dá-lo de presente para alguém a quem muito amamos ou o recebemos de quem muito nos ama.
   Então ... cheguei até à casa de dona Tereza que encomendei variados chocolates com pimenta. Ela, sorridente, anotou meu pedido, mas nada me disse. Evidente, guardou-se em discrição.
   Depois de dois dias, lá veio ela com a encomenda. Sorridente como sempre, entregou-me uma linda cesta com a variedade de chocolates com pimenta que encomendei. Logo, pus a mão no bolso para pagá-la ... foi aí que ela sorriu dizendo ... "Não é nada não. Esta remessa eu não vou cobrar com uma explicação: sei para quem você vai dar estes gostosos chocolates com pimenta e tenham certeza que vocês os saborearão com muito amor e muito amor vai nascer. Então, vocês comprarão mais e mais!"
   Fiquei um tanto envergonhado, mas não dei trela nenhuma.
   Presentei a pessoa que queria com estes chocolates com pimenta. Deliciosos e amorosos fizeram nascer muito amor mesmo!
   Aí está algo maravilhoso!
   Chocolate com pimenta alimenta uma paixão e a torna amor intenso!
   Ficamos fregueses da dona Tereza.
   Chocolate com pimenta!
                                                                    José Juliano 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

buscando compreender a Física Quântica ...

   Não tenho dúvidas ! A Física Quântica, se bem aprofundada, significa uma guinada significativa do nosso agir e pensar.
   Mesmo que muitos da Academia da Ciência ainda não considerem as atuais conclusões que obtemos através do aprofundamento das experiências e estudos da Física Quântica, o importante é que a própria ciência caminha na sua evolução.
   Então ... por que não escrever mais sobre o mundo dos quantas?
                                                                                    José Juliano

domingo, 24 de julho de 2011

violão na mão ,,, brincadeiras ... pouco de vinho e muito amor !

   Mesmo engasgado com a situação da nossa Nação, posso escrever linhas alegres. É a vida que anda ! O inverno já vai passando e suas noites preparam a chegada da Primavera !
   Com o violão na mão, cantando canções da nossa Terra e da Terra do outro lado do Oceano, brincamos nos campos do Senhor, bebendo uma taça de bom vinho e nos embriagando de muito amor !
   Mercedes Sosa tem razão! Se se calar o poeta e o cantor, cala-se a vida, porque a vida mesma é todo um canto! ,,, Se se calar o poeta e o cantor, morre de espanto a esperança, a luz e a alegria!
   Mesmo engasgado com a situação do nosso povo ameríndio, posso escrever linhas alegres. É a vida que explode de amor e se entrega à poesia e ao cantar!
   Violão na mão, que bom! Que bom poder cantar canções que despertam e alimentam nossos sonhos e utopias.
   Sonhando e guardando no coração a utopia de um estudante, rolamos e brincamos nos campos do Senhor! Ah, Hector Babenco muita inspiração teve ao dirigir este filme ... Brincando nos campos do Senhor! Quase ninguém assistiu e nem sabe que ele existe ... mas, quem o assistiu adquiriu a vontade e o desejo ardente de rolar entre árvores e gramados, montanhas e rios, brincando e brincando nos campos do Senhor!
   Com o violão na mão e cantando ... brincando prá valer nos campos do Senhor ... erguemos uma taça de bom vinho e brindamos o amor! Que bom, sinal de que em nossos corações pulsa o sangue vermelho da sensibilidade, do pensar, da ternura, da ciência, do amor, da paixão, da revolução.
   Violão, muita canção! Brincadeira gostosa, porque amamos! Vinho, embriagar-se de paixão! Não fugimos da realidade e nem esquecemos da nossa razão! Apaixonados, também abraçamos a revolução!
   Que bom!
   Será pecado ter um violão na mão, cantar a canção, viver a poesia brincando nos campos do Senhor, namorando, se abraçando e amando apaixonadamente?
   Claro que não!
   Pecado é cobiçar e acumular tudo para si, sem nada dividir. Pecado é ser arrogante e querer tudo poder, ser indiferente, enganar-se a si mesmo e a todos, mentir e dizer que brincar ... cantar e amar ... é pecado. Pecado é viver carrancudo, com mau humor, infeliz, porque fazer da vida uma hipocrizia é rejeitar a beleza dos campos do Senhor! Pecado é não sentir nas papilas da língua o sabor da uva que contém um bom vinho ... é não explodir de amor, não querer beijar e nem se apaixonar!
   Que bom!
    Sou humano ... somos humanos ... sentimos nossos corpos e cruzamos nossos copos ... sonhando, cantando, brindando e amando. Como é gostoso brincar nos campos do Senhor, cheios de paixão com desejo de Revolução!
   Que bom, sentir a beleza do multiverso fluir em nossos sangues!
                                                                        José Juliano.

sábado, 23 de julho de 2011

engasgado com a situação ...

   É de se engasgar com a situação !
   Ministério dos Transportes corroído e corrompido. Quanto dinheiro do povo entrando no bolso de gente que se diz defender os pobres. Uma Vergonha Nacional ! Estradas e rodovias necessárias ... tudo superfaturado e nem começado! Isto traz grande indignação e vontade de fazer Revolução e Revolução prá valer! Não adianta remediar ... os Dinossauros do Poder já estão viciados e não conseguem mais remendar o que rasgaram ... por isso, espero que gente jovem venha assumir os rumos da Nação, pois não vale mais o ditado: "A sabedoria está com os mais velhos"! No caso da política em geral, este ditado é inválido.
   É de engasgar com a situação !
   E a maratona da Copa do Mundo em 2014 ? Brasília vai gastar o dinheiro que não pode, só para concorrer com a "abertura da Copa". Vergonha Nacional ! Todas as capitais querem ser espaço de abertura da Copa, só que não falam que quem vai pagar tudo somos nós mesmos porque eles já estão com a mesa farta, com propriedades imensas, muito dinheiro no exterior e, o pior, impunidade total.
   É de engasgar com a situação !
   Já chegar a pagar R$ 800 bilhões de reais de tributos só para sustentar a grande máquina do Estado. Absurdo e grande Vergonha Nacional ! Tanto dinheiro e não há investimentos na Educação, Saúde, Moradia, Cultura e Transportes. O que há são só promessas e promessas ! Será que esta gente não enxerga que o povo está cada vez mais pobre e miserável ... contando suas moedas para comprar 1 litro de leite ?
   É de engasgar com a situação !
   Tudo isto acontece e nada se faz. Faltam debates ... falta pensar um pouco mais ... falta estudar e ter coragem de fazer História ... falta mobilizar as multidões adormecidas pelo futebol e pela cerveja ... sair da embriaguez e acordar ... reagir.
   É de engasgar com a situação !
   Escrevo sobre a Cultura e Educação que são  e ação. Absurdo ! Dinheiro tem, pois impostos prá tudo são arrecadados, mas não tem dinheiro para projetos da Cultura e nem da Educação. Então ... como caminharemos ? Vergonha Nacional ! Dizem que para o Brasil crescer é preciso somente investir na Matemática. E o resto ? Ah, o resto é resto, pois o que importa é continuar a ter uma Nação sem Memória Histórica ... uma Nação que não sabe nem interpretar um texto e nem menos ler ... uma Nação, cujo povo, não tem nem a consciência geográfica de onde está ! É bom ensinar Matemática, mas quero saber que tipo de Matemática estão ensinando. Talvez seja a Aritmética básica da básica ... só para contar os miseráveis reais que são pagos como salário para gente tão competente. Então sim, não precisamos de mais nada ... só saber de 1 a 500 e conhecer a subtração, pois a adição e a multiplicação não precisamos saber. Sim, nem a multiplicação ... para não perceber a multiplicação dos impostos, dos salários gordurosos de nossos deputados, senadores e vereadores. Dos prefeitos incompetentes que sentam nas cadeiras dos pequenos municípios só para roubar.
   Bem, já desabafei o suficiente ! É que hoje de manhã encontrei um jovem morador de rua que me disse: " Amigo, eu tinha um sonho, o de ser um escritor. Mas, nada deu certo prá mim. No entanto, não desistir de escrever. Mesmo sem Faculdade estou escrevendo sobre a gente que mora na rua. Para quem eu entrego o que já escrevi ?". Eu, imediatamente, respondi: "Passe prá mim o que você escreveu e eu mesmo vou passar prá frente a história de vocês". Ele, entregou-me um caderno molhado e maltratado, mas o que interessa é o que ele escreveu.
   Isto daí ninguém vê !
   Por isso, estou engasgado com a situação ! Sinto a vontade de chorar e gritar !
   Mas nada está perdido ... alguma coisa já está mudando !
   Enquanto isto, vou abrindo minha mente e minha pessoa ... viajando pelo multiverso e não perdendo o encanto pela vida ... pelo contrário ... curtindo a Beleza do Multiverso, consigo alimentar em mim e em muitos a vontade de construir a vida e viver prá valer!
   Então, vamos lá que o trem da História não espera !
                                                                   José Juliano

sexta-feira, 22 de julho de 2011

o perfume que se mescla com seu cheiro ...

   Tudo exala suaves perfumes ... a terra, a água, o fogo, as plantas, as pedras, o ar, a vida ! Mas, de quem a gente ama exala um cheiro peculiar ... cheiro que provoca ... que encanta ... que faz gargalhar de felicidade. Cheiro que provoca sensações pirotécnicas ... fazem-nos voar!
   O perfume se mescla com o cheiro de quem a gente ama ... cheiro inesquecível ... presente em todos os momentos.
   Que ótimo quando chegamos a este ponto !
   Sinto o seu cheiro maravilhoso mesclado com o inebriante perfume do amor !
   Por isso não sentimos saudades um do outro, porque temos a sensibilidade inebriante do amor !
   Beleza ?
                                                                 José Juliano

quarta-feira, 20 de julho de 2011

por que não retomar o marxismo? ...

   Vivemos a paranóia das adjetivações das ideologias. Tudo se tornou "ideologia" e, por isso, algo que não inspira mais credibilidade. Abominam-se as "ideologias", mas constróem-se ou mantem-se aquelas que mais estão de acordo com os interesses pessoais ou de segmentos que ocupam ofícios que deveriam servir multidões.
   Este movimento de fobia contra as "ideologias" sufoca, evidentemente, as utopias manifestadas pelas idéias que não são apenas teorias ou sonhos, mas frutos de experiências de indignação. Destas, arquitetam-se idéias que, por revolucionar, incomodam e, consequentemente, fazem surgir uma campanha depreciadora das propostas ousadas de transformações da estrutura social.
   Entrando diretamente no assunto, pergunto: por que repudiamos tanto as análises e filosofia originais de Karl Marx e F. Engels? Por que insistimos em afirmar que Marx e Engels já estão ultrapassados e não têm nada a dizer para o nosso tempo? Por que transformamos somente Marx e Engels em "ideologia" e não  fazemos o mesmo com tantos outros? Por que repudiamos os escritos pessoais de Che Guevara, as músicas de Violeta Parra, as análises históricas do jornalista Eduardo Galeano, os escritos no cárcere de Antônio Gramsci, e tantos outros? Por que tudo isto virou "ideologia" repudiante?
   É para se pensar!
   O fato é que ainda não conseguimos sair do ranço elitista que dirige a nação. Órgãos públicos com uma máquina de funcionários, cujos expoentes são incapacitados para trabalhar em favor do bem comum. Os que realmente trabalham ganham pouco e os que dirigem sem aptidão ganham muito e, o pior, são os que marcam as diretrizes para o funcionamento da res-publica. Grande incompetência! Por exemplo, no âmbito da Educação, agora, tudo se afunila na Matemática e na Física. Quem disse isto? Quem acredita que a medida do desenvolvimento da nação é uma média alta em matemática?
   Aqui só citei um exemplo. Há piores a serem mencionados. O pior de tudo é a dormência das multidões, sobretudo, da juventude em geral.
   Mas, aqui vai uma esperança! A juventude está começando a querer ocupar o lugar dos que já governam por muito tempo e estão desgastados pelas suas promessas jamais cumpridas.
   Então, também há outra esperança! Que a juventude retome a memória histórica e se debruce naquilo que dizem ser "ideologias" inoperantes ... desconfiem e ajam! É tempo de mudar ... é tempo de começar a trabalhar ... dançando entre utopias e desconstruindo uma mentalidade engessada que ainda persiste em continuar a nos guiar.
                                                                                    José Juliano
  

sexta-feira, 15 de julho de 2011

aos nossos possíveis candidatos municipais ...

   As eleições municipais, de 2012, em todo o país, já estão na agenda de preocupações dos partidos políticos. De repente, todos começam a se preocupar com o bem-estar do povo. Certo que não podemos generalizar, pois temos muitos deles que já estão lutando para que o nosso povo tenha melhor qualidade de educação, cultura, saúde, moradia, transporte e um pouco mais de tranquilidade.
   Então,disponho-me em ajudá-los um pouco escrevendo o seguinte: nosso povo está totalmente insatisfeito com as políticas públicas, com os gordurosos salários dos prefeitos, seus secretários e muita gente incompetente cuidando de coisas que desconhecem. Por outro lado, nossos possíveis candidatos, todos com grandes méritos, terão que olhar a Cidade sob a ótica do próprio povo como único protagonista da cidadania. Um conselho! Não usem o "populismo" porque este já não engana mais. Não olhem a cidade com helicópteros e sim vivam continuamente a experiência do querido povo: andem de metrô, peguem o ônibus nos horários de pico, conheçam as fronteiras da grande cidade, não usem o paternalismo (porque é desleal), assistam uma aula numa escola pública do 1º fundamental ao 3º médio, principalmente no período noturno, participem das Universidades, visitem os doentes nos hospitais públicos (principalmente na enfermarias), tomem, com gosto e espontaneamente, um café no boteco de qualquer esquina (sem se identificar como candidato - é claro), andem pelas ruas da cidade durante a madrugada e conversem com a multidão que trabalha à noite e com aquela que mora nas ruas, estejam no meio da juventude, visitem casas ... mas, tudo isto, sem se identificarem como candidatos.
   Quem quiser fazer isto terá meu apoio ... e, olhe, tenho na mão grandes bairros populosos>
   Que proposta indecente, hein! Mas, é isso aí! Quem agir desse jeito merece ser nosso prefeito!
   Continuarei a escrever! ...
   E vocês que me lêem, ajudem-me a aconselhar nossos candidatos e a ensiná-los que governar não é aspirar "poder" e sim prestar serviços para o Bem Comum.
                                                                                               José Juliano

quinta-feira, 14 de julho de 2011

reencantar-se! ...

   Reencantar-se! Re-Encantar-se!
   Parece estranha esta expressão, mas é pertinente para nossa época.
   A rotina urbana e as preocupações dela advindas fazem-nos perder de vista o encanto da vida. Conversando com um jovem, este me disse: - Faz muito tempo que não olho para o céu e nem sei mais se existe a lua! Eu perguntei: - E, há quanto tempo você não se apaixona por alguém? A resposta imediata foi esta: - Nunca me apaixonei!
   O termômetro do encanto pela vida está na capacidade ilimitada de se "apaixonar". Quando não nos apaixonamos, então estamos perdendo o sentido maior da existência.
   Será que este sintoma é um indicativo da perda da sensibilidade?
   A resposta não darei, mas deixo para você pensar um pouco. Só uma coisa! Re-Encantar-se da vida significa deixar o coração pulsar de verdade ... significa alimentar utopias ... sonhar bastante ... ousar e brincar com a liberdade e ser livre ... mergulhar no proibido e sentir-se revolucionário prá valer.
   Para isto não há idade ... basta querer e começar a perceber que a lua existe, que as estações do ano também existem, que ao nosso existe muita gente maravilhosa.
   Sentir a vida ... sentir paixão ... sentir alguém ... sentir-se vivo!
                                                                                                        José Juliano

terça-feira, 12 de julho de 2011

ampulheta ...

   A ampulheta! ... É um dos símbolos que mais denota a angústia que perpassa a existência humana, pois, quando virada, representa a mais cruel unidade matemática linear inventada pelo próprio homem: o Tempo!
   Tempo ... tem seu início ... tem seu fim ... não retrocede. Tempo da matéria ... da fisiologia complexa do corpo humano. Tempo ... contado, medido, registrado, lastimado e aplaudido. Tempo ... de nascer, de crescer, de saber, de amadurecer, de morrer. Tempo ... das idades, da infância, da adolescência, da juventude, da maturidade, da finitude. Tempo ... da Natureza, das Estações do ano.
   Por que contar o Tempo? Por que nos avaliarmos e nos adjetivarmos dentro da linearidade do Tempo?
   Corremos com tudo e tudo procuramos fazer com tremenda agilidade para melhor aproveitar o Tempo, este que, segundo nossas medidas, passa rapidamente.
   Então, vivemos em função do Tempo e nos colocamos em meio dele ... o nano segundo, o segundo, o minuto, a hora, o dia, o mês, o ano, o século, o milênio. Tudo é medido ... calculado ... orientado para mais angustiar o ser humano.
   Atordoados pela medida do Tempo, não conseguimos sair de tal angústia tediante e mal acreditamos na possibilidade de ir além do Tempo ... não possuimos a consciência do que somos, ou seja, o conjunto genético do "tudo existente".
   Desgastamos nossos neurônios dividindo tudo em etapas e acabamos por esquecer de viver intensamente a beleza da existência. O medo de morrer supera a ousadia de Ser.
   A essência que transcende o Tempo e o amor, pouco sentido por nós que gabamos da consciência que temos.
  Consciência? Se a tivéssemos realmente, estaríamos livres e soltos dançando, no multiverso, a sinfonia do amor, esta que não obedece a loucura humana hermetizada na caixa do Tempo.
   O amor não passa porque ele não é escala matemática, mas sim essência genética e ´"É" independentemente do Tempo.
   A história é uma trama de loucuras, frustrações, culpas e lágrimas, preconceitos e grandes enganos ... tudo porque determinamos que o nosso Tempo é finito, enclausurado numa ampulheta.
   Cúmulo do sarcasmo, da crueldade e do masoquismo ... cobiça desvairada, vaidade sem controle, arrogância e egoísmo exarcebado.
   Melhor seria obedecer a espontaneidade da vida sem enquadrá-la na ampulheta do Tempo.
   Somos escravos do Tempo.
   Tornamo-nos finitos pela nossa insatisfação.
   Romper o paradigma do Tempo é uma boa pedida!
                                                                                         José Juliano 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

entrecruzando ...

   Os dias invernais, mesmo que nublados e gélidos, não deixam de transmitir seus belos raios de sol. Nada como estar junto daqueles de quem gostamos. Daí, interessante se abrir e contar histórias, mas histórias do seu próprio cotidiano, pois isto faz bem à alma.
   Entrecruzando lugares, saberes e cantares, olhares e intenções ... entrecruzando mãos e muita inteligência ... extraimos do inverno tanta coisa maravilhosa e crescemos em espontaneidade, transparência e ultrapassamos as fronteiras do nosso universo e conseguimos rolar no multiverso. Sentimos algo muito diferente! Nem percebemos, mas notamos que passamos a atrair e fascinar ... é a alma que transluz empatia e sinergia.
   Entrecruzando ruas arborizadas e respirando ares rarefeitos, experimentamos o encontro com a liberdade e descobrimos que somos um nó de pulsões e de relações voltados para todas as direções, até para o infinito. Pelo pensamento somos, de alguma forma, todas coisas, pois nós as contemos, não é que somos uma mera síntese do "tudo existente", mas nós o contemos e não sabemos.
   Devido a isto, somos desertores de tudo o que é limitado, eternos constestadores. Em nós, nenhum ato concreto esgota esgota totalmente o dinamismo do "querer", pois temos uma disponibilidade ilimitada de sentir. Somos preojeção e tendência para um sempre mais, para a surpresa que está fora da nossa pre-visão, para o incógnito, para o ainda-não.
   Sempre, o ponto de chegada é, para nós, o ponto de partida para algo muito novo.
   Com esta vasta abertura, conseguimos entrecruzar universos e mergulhar no multiverso.
   Sempre trago uma aliança na mão direita. Muitos perguntam o seu significado. A resposta é única. Uma aliança sempre denota nossa total sintonia com a sinfonia que é o multiverso. A união da física quântica com a arte do teatro e do cinema, com a mística perfumada que flui da terra com sua mata, com o entrecuzamento de rostos fascinantes por tudo o que são.
   Um marmota pediu-me para escrever histórias ... então, minhas histórias são resultados deste fantástico entrelaçar ... sentir-se um cidadão infinito do infinito multiverso. Mas, quais são as leis deste tão mencionado multiverso? Aí está, no multiverso há uma multiversidade de leis que se entrelaçam ... nele não há juizes e nem réus ... o que há, então? Para saber, tenha coragem e mergulhe no multiverso, pois sua essência só se percebe quando nos deixamos envolver por ele.
   Entrecruzemo-nos ...
                                                                        José Juliano   

quarta-feira, 6 de julho de 2011

entorno do alfa e ômega do multiverso ...

   Insistimos continuamente em perguntar sobre o "amanhã" do Ser humano ... da História ... do Universo em que vivemos ...enfim ... do multiverso.
   Todos os níveis de experiências fazem-nos deleitar e mergulhar no êxtase de melhor compreensão do complexo multiversal. Passo a passo, construimos o triunfo do "absurdo". Aquilo que é, para nossa cosmovisão, o "absurdo", transforma-se em alto relevo substancial.
   Afinal, o que é o "absurdo"?
   O "absurdo" é o "absoluto" ... É tudo o que se deixa envolver e penetrar pelo incompreendido Amor, pois o Amor é o "absoluto" adjetivado, pelo nosso tempo, de louco "absurdo". Daí o pavor de entender e viver o "absoluto" "absurdo". Quando nos lançamos arriscadamente a entender e viver na carne o "absoluto", rompemos todas as esferas da parca Razão humana e, como consequência, somos flechados pela mentalidade arquitetada e sedimentada da exclamação ... "absurdo"!
   Orientar-se para o "absoluto" significa, segundo o ideário hodierno, entrar para a "desordem" e "loucura", ambas punidas por tantos preconceitos ... difamações ... exclusões inadmissíveis e injustas.
   No entanto, não sei se por curiosidade ou seriedade, somos impulsionados a continuar a perscrutar e desejar o alfa do tudo existente com o escopo de decodificar o seu ômega.
   Por outro lado, neste movimento ousado, somos interpelados por um ideário ilusionista que busca deturpar o entendimento de tal realidade e desmotivar em abraçá-la. São caminhos alienadores que têm a pretensão de seguir a lógica, ilógica, da construção alfabética por nós organizada, afim de obtermos previsões exatas de um  possível "fim" determinantemente harmonioso. Temos medo deste "fim", pois o sistema condicionou a pensá-lo de modo fatalista, afirmando que o Ser humano caminha para uma catástrofe biológica, que o planeta arderá em fogo e depois será submerso em águas e que a "desordem" será total, tudo por causa do próprio erro humano. Este "fim" tenebroso e temeroso será a seletividade e separação do que é bom e do que é mal. Só que sempre alguém sobreviverá para preservar a identidade humana. 
   Em tudo isto há um grande engano! O que pensamos ser algo de terrível, será maravilhoso!
   O "ômega" não é um "fim" marcado por catástrofes naturais e infernais, mas sim é o "Fim" último do tudo existente, o "para que" deste tudo, o objetivo essencial da existência do "tudo". O "ômega" é a absoluta realização do "tudo existente" ... realização esta que se transforma novamente em "alfa" ... nada é linear, como pensamos ou pretendemos que seja ... tudo é explosão ... recriação ... na qual a unidade imprecisa das medidas e do tempo em si diluem-se e o movimento infinito do gerar e criar caminha fora do nosso grande esforço de lucidez.
   Assim, o "alfa" que é a origem e o "ômega" que é o sentido último da existência, continuam a ser perscrutados, só que, para tal, não podemos esquecer que o Amor é sempre uma realidade envolvente e apaixonante, um risco para os esquemas da Razão, mas não podemos ter medo e nenhum receio ... o que importa é que busquemos a realização total do Ser existente em dignidade e respeito.
                                                                                      José Juliano 

domingo, 3 de julho de 2011

nossa racionalidade mais atrapalha do que ajuda!

     Não é por nada não! Mas, estamos exagerando no campo da racionalidade! Tudo fragmentamos para sermos mais didáticos, "pedagógicos" e metodológicos, afim de ganharmos a simpatia dos que nos são confiados, ou assumirmos a parcialidade total de tudo o que devemos opinar e ensinar. A fragmentação, num momento, é necessária para que se trate de um "objeto" de estudo e reflexão com maior profundidade, mas ela deve ser superada, na medida em que as conclusões exigem entrelaçamentos, conexões. Sem estas últimas, temos conclusões isoladas, desconectadas, obtusas, que não permitem o entendimento de qualquer questão, ou mesmo, do próprio Ser humano na sua integralidade.
   Pesquisando, preparando um curso universitário, fico pasmado com a fragmentação e consequentes adjetivações criadas pelo próprio conhecimento humano e sua práxis. Tudo é tão isolado e esparso que um livro C é cópia de um livro B e este do livro A. Não se avança. Isto é muito evidente, pois a fragmentação não suscita criatividade e transita em dualidades geradoras de preconceitos, enganos e fundamentalismo científico.
   Esta é a nossa realidade vigente. Somos gatos correndo, desvairadamente, atrás do próprio rabo!
   Vejam bem ... temos a ciência e a religião, existencial e histórico, o concreto e o abstrato, a imanência e o transcendente, o erudito e o popular, o clássico e o contemporâneo, o oficial e o extra-oficial, a física e a metafísica, as ciências exatas, biológicas e humanas, o subjetivo e o objetivo, reinos animal, vegetal e mineral. Poderia encher de exemplos, mas deixo para vocês acrescentarem, depois de pensarem mais sobre o assunto.
   Tal fragmentação esquece que tudo é processo, o qual pode ser evolutivo e involutivo, o que não importa, pois ambos estão entrelaçados. Tudo é processo e tudo é expressão da pessoa na sua totalidade.
   Quando escrevo sobre o "amor", estou pensado o "amor" na sua totalidade. Da transcendência à sexualidade, dos sentimentos aos desejos, do cotidiano ao coletivo histórico.
   A racionalidade exarcebada só fragmenta e passa a ser uma trava para a compreensão da totalidade que somos. Talvez, este seja o abjetivo ... não podemos desvelar o que somos! Ah, isto seria muito danoso para o que já está instituído.
   Este é o primeiro "muro" que devemos, por atenção à dignidade humana, derrubá-lo. Sair da ossatura acadêmica, ideológica, mental e comportamental. Sermos mais flexíveis e abertos à nova civilização que se está germinando.
   Estamos engessados, por isso nada realizamos de novo! Temos, na verdade, medo de romper audaciosamente com os paradigmas instituídos, pois é muito continuar assim. Então, repetimos, como papagaios o que já foi dito, perpetuamos concepções que se cristalizaram e não avançamos para uma civilização própria do processo do conhecimento e da práxis humana.
   Temos que reavaliar muito bem o que estamos fazendo no momento. Pelo menos, pensar a respeito. Vale a pena!
                                                                   José Juliano  

sábado, 2 de julho de 2011

cantar a beleza !

   Numa madrugada de sábado, só posso cantar a beleza de ser um eterno aprendiz ... cantar a beleza de viver e não ter vergonha de ser feliz. Estas são linhas do Gonzaguinha cantadas por Maria Betânia. Ah, sua voz, cara Betânia, é algo que muito fascina e nos transporta para a viagem com as notas musicais.
   Minha homenagem a você, querida cantora, amante dos livros e suave na voz.
   Minha homenagem a você, Gonzaguinha, que deixou tanta coisa escrita e cantada! Fascinante!
   Minha homenagem aos cantores, compositores, poetas ... vocês despertam sentimentos que não conseguimos expressar com palavras.
   Então, só posso cantar a beleza do multiverso ... a beleza de viver e não ter vergonha de ser feliz!
   No início do sábado, na sua madrugada, cantar a vida é a experiência mais gostosa que posso sentir correndo no meu sangue latino-americano. Sangue que ferve ... sangue vermelho ... sangue forte ... mameluco ... mulato ... afro ... branco ... indígena ... imigrante ... sangue mestiço que está pronto para se misturar, mais ainda, na inebriante bebida da poética do amor e na resistência das revoluções.
   Sangue latino ... sem medo ... cheio de ternura e de severa luta!
   Minha reverência a todos que compartilham a poesia e a alegria de viver como eternos aprendizes!
                                                                                          José Juliano 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

V I V E R ...

   vivre ... vivere ... viver!
   Viver! Não se pode viver sem um passado! O viver implica ter saudades ... ter memória de algo tão importante. Guardo objetos simples que marcaram minha vida e, hoje, trazem a memória de um passado recente e gostoso ... minha primeira caneta ... envelopes selados de cartas que recebi de tantos amigos ... cartas que muito expressam momentos ora cheios de alegrias, ora manchados por lágrimas ... objetos como uma pedrinha, um pequeno galho seco que carreguei depois de ter feito longas trilhas ou escalado montanhas ou acampando com gente muito maravilhosa ... bilhetes de peças teatrais ... tantas coisas que, somadas, relatam um passado que teceu minha história. Guardo, também, outros objetos de um mês atrás ou da semana passada ... um guardanapo de papel ... o rótulo de uma garrafa de vinho ... tudo somado, já é parte da minha história. Realmente, não se pode viver sem um passado e que alegria por ter um passado!
   Viver! Ninguém jamais me ensinou! Certamente, porque "viver" é experimentar intensamente a própria riqueza da vida. Viver é sonhar ... ousar ... decidir ... acertar e errar ... aprender sozinho ... saborear e se lambuzar do doce que a própria vida é ... celebrar as vitórias e também as derrotas ... crescer e crescer no saber, no amor, na agilidade, na amizade, na comunicação relacional.
   Viver! Buscando sempre um grande amor! O grande amor só se vive se abrimos nossas almas e começamos a nos sentir pertenças do cosmo. O grande amor começa com uma viagem e continua a ser uma grande viagem. O grande amor se descobre na Dança e no colóquio ao lado de uma fogueira, de uma lareira, de uma penumbra praça. Buscar e encontrar sempre um grande amor, pois na festa da vida descobrimos que o amor é que nos realiza.
   Vivre ... Vivere ... Viver ! Respirar um ar rarefeito da serra! Sentir o vento bater no rosto! Mergulhar nas águas de um rio e do mar! Saborear nas papilas da língua o gosto da uva de um vinho! Sentir-se livre ao desnudar-se das roupas em meio de um campo! Abraçar, dar as mãos, sorrir, chorar, sentir e sentir!
   Vivre ... Vivere ... Viver! Sempre ter um coração de estudante sonhador e brincalhão e não deixar o trem da história passar, pois viver é uma infinita aventura e maravilhora aventura!
                                                                                               José Juliano