quinta-feira, 7 de julho de 2011

entrecruzando ...

   Os dias invernais, mesmo que nublados e gélidos, não deixam de transmitir seus belos raios de sol. Nada como estar junto daqueles de quem gostamos. Daí, interessante se abrir e contar histórias, mas histórias do seu próprio cotidiano, pois isto faz bem à alma.
   Entrecruzando lugares, saberes e cantares, olhares e intenções ... entrecruzando mãos e muita inteligência ... extraimos do inverno tanta coisa maravilhosa e crescemos em espontaneidade, transparência e ultrapassamos as fronteiras do nosso universo e conseguimos rolar no multiverso. Sentimos algo muito diferente! Nem percebemos, mas notamos que passamos a atrair e fascinar ... é a alma que transluz empatia e sinergia.
   Entrecruzando ruas arborizadas e respirando ares rarefeitos, experimentamos o encontro com a liberdade e descobrimos que somos um nó de pulsões e de relações voltados para todas as direções, até para o infinito. Pelo pensamento somos, de alguma forma, todas coisas, pois nós as contemos, não é que somos uma mera síntese do "tudo existente", mas nós o contemos e não sabemos.
   Devido a isto, somos desertores de tudo o que é limitado, eternos constestadores. Em nós, nenhum ato concreto esgota esgota totalmente o dinamismo do "querer", pois temos uma disponibilidade ilimitada de sentir. Somos preojeção e tendência para um sempre mais, para a surpresa que está fora da nossa pre-visão, para o incógnito, para o ainda-não.
   Sempre, o ponto de chegada é, para nós, o ponto de partida para algo muito novo.
   Com esta vasta abertura, conseguimos entrecruzar universos e mergulhar no multiverso.
   Sempre trago uma aliança na mão direita. Muitos perguntam o seu significado. A resposta é única. Uma aliança sempre denota nossa total sintonia com a sinfonia que é o multiverso. A união da física quântica com a arte do teatro e do cinema, com a mística perfumada que flui da terra com sua mata, com o entrecuzamento de rostos fascinantes por tudo o que são.
   Um marmota pediu-me para escrever histórias ... então, minhas histórias são resultados deste fantástico entrelaçar ... sentir-se um cidadão infinito do infinito multiverso. Mas, quais são as leis deste tão mencionado multiverso? Aí está, no multiverso há uma multiversidade de leis que se entrelaçam ... nele não há juizes e nem réus ... o que há, então? Para saber, tenha coragem e mergulhe no multiverso, pois sua essência só se percebe quando nos deixamos envolver por ele.
   Entrecruzemo-nos ...
                                                                        José Juliano   

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