Certamente não vivemos em universos paralelos, isto porque, se assim fosse, estes não se entrecruzariam. Vivemos sim em universos entrecruzados, embora as leis físicas de cada um deles sejam até diferentes. Há diferenças, mas estas completam o grande complexo que é o Multiverso.
Nossas vidas, nossas pessoas são também estes universos maravilhosos. Não vivemos de modo paralelo com outras pessoas, mas sim nos cruzamos, nos completamos, na medida em que aprendemos a "partilhar" tudo o que somos. Aí está o grande segredo da felicidade que arranca qualquer saudade e solidão ... "partilhar" sem medo e gerar novos universos graças às inflamáveis vibrações das "cordas" que geram sem cessar inúmeros universos.
As vibraçòes das "cordas" equivalem às nossas sensibilidades para com os que estão tanto próximos, como distantes de nós. São os nossos mais obscuros e misteriosos sentimentos de paixão que nos reportam a distâncias nunca imagináveis ... que permitem nossos entrecruzamentos ... que nos transformam em verdadeiros universos dialogais ... universos que conversam entre si ... se completam ... se aproximam pela mágica sinergia da utopia e do amor.
Da física conseguimos mergulhar na ontologia ... do físico estético conseguimos mergulhar no belo interior do Ser de cada universo que se entrecruza com o nosso universo singular.
Tal realidade até foge da nossa precária compreensão ... mas, o que nos faz percebê-la é o pulsar dos nossos corações ... sinal de que a química do sangue que corre em nossas veias, fervilha de paixão!
Por que ignorar tal realidade latente em nós?
Ora, mesmo que queiram sufocar tão nobre sentimento ... racionalizando-o e minimizando-o ... jamais conseguirão calar a voz enamorada dos poetas!
José Juliano
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