sexta-feira, 15 de abril de 2011

Mergulhando no Multiverso!

    O tempo parecem não estar propício para manifestar nosso saber. Parece que linguagens não são compreendidas, pois há muitas falácias e pouca disponibilidade de viver a multiversidade.
    Conviver perenemente com ela requer elementos de compreensão que vão aquém das vaidades e do orgulho próprio. Por outro lado, as mentes já estão calcificadas na ilusão do TER isto e aquilo ... berros e gritos de ira, ditas de indignação, ecoam quando os poetas esvrevem seus versos, os literatos colocam em público suas idéias, os filósofos exortam para parar e pensar, os cientistas demonstram suas pesquisas, os músicos cantam a beleza da multiversidade e os apaixonados querem avançar na História e desvelá-la para melhor entendimento do que ainda temos por fazer.
    Aqueles que mais defendem a acessibilidade, o respeito à diversidade, o respeito aos Direitos da pessoa ... são os que se enraivecem quando tudo isto começa a acontecer de fato. Falam alto, choram, boicotam, tramam, dizem sentirem-se feridos ... tudo para não perderem o status quo que os matém.
    Só falácias e hipocrisias patronais ... na realidade, o que querem é manter ao entorno um grupo de vassalos e servos e sentirem-se donos ou proprietários das consciências.
    Mergulhar no Multiverso significa mudar radicalmente de mentalidade e de atitudes.
    Significa "respeitar", "dialogar" e não se vangloriar!
    Somos ricos em experiências ... que sejam bem-vindas! No entanto, novas experiências despontam ... por que rejeitá-las e achar que somente aquelas já vividas são as únicas e perfeitas? Por que não avançar?
    A Era dos ignóbeis títulos de Madame, Barão, Condessa, Comendador, etc, já passou! A Era de paletós repletos de medalhas, como que um currículo que pode ser enferrujado, também já passou! Porém, ainda subjaz um ranço de tudo isto que sufoca as almas dos poetas e retardam a experiência de transpor os portais do Multiverso.
    Ainda vejo por aí tantas pessoas se esnobarem por vialarem tanto ... para a Europa, Austrália, Norte-América e assim vai! Quem viveu na Europa por sete anos não se envaidece por isso porque viveu no meio daquele povo que não vive só do imaginário romântico criado pelo ideário dos brasileiros. Aquele povo vive também o desemprego, a insatisfação com a educação e saúde, a indignação das migrações, o lamento da juventude e as discórdias políticas e econômicas. Aí sim! A experiência é real e não aparente. Hoje, na globalização em que vivemos, tal tipo de júbilo já não merece tanto crédito.
    Como, então, mergulhar no Multiverso?
    A resposta não é muito agradável ... tirar a capa da prepotência ... desvestir-se da ignorância ... colocar-se a pensar e refletir ... abraçar a inteligência e amaducer-se em sensibilidade ... conscientizar-se que não somos sozinhos nem no planeta em que vivemos, nem menos no Universo ao qual pertencemos ... simplesmente estar juntos ... não competir e sim somar ... não ter medo de perder o que nunca tivemos a não por ilusão ... enfim, inaugurar definitivamente uma nova civilização.
                                                                          José Juliano.    

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